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28 de novembro de 2008

A Lágrima, A Estrela, A Pérola e a Gota de Orvalho

Encontraram-se um dia, uma lágrima, uma estrela,
uma pérola e uma gota de orvalho.
Falou primeiro a estrela:

"- Quem diria que eu tivesse o trabalho de descer das alturas luminosas, para vir conversar com vocês três?
Não sabem que sou mais alta que as nuvens?
E que a minha altivez fulgura entre mil chamas radiosas, na infinita amplidão?"

Mas, respondeu a pérola vaidosa:

"- Quem te dará valor, entre milhões de lâmpadas
no espaço?
Tu não passas de um grão de esplendor,
metido na poeira do infinito.
Ninguém se lembra de te por nos braços!
Enquanto eu, lá no fundo dos oceanos,
sou buscada e vendida aos soberanos, para enfeitar,
com minha limpidez, as coroas dos reis!
Vivo no colo esplêndido dos nobres,
e nos ricos seios das rainhas...
Não como ti, que sob o olhar dos pobres poetas
vagabundos te encaminhas...
Valho mais que tu!
E ainda mais, valho que um orvalho
e uma lágrima,
pois ambos são gotas d'água, sem o mínimo valor."

Disse o orvalho, com mágoa:

"- Qual de vocês três, tem esse encanto
de se transformar em gozo, na boca imaculada de uma flor? Eu venho lá de cima, radiante, nos braços da alvorada cobrir de beijos uma rosa, que se sente tão doce nesse instante, que vale a pena vê-la tão ditosa! E trago o riso ao coração da Terra, engolfada em pranto. Eis como sou feliz! Na campina, ou no cimo da serra, sou sempre uma esperança cristalina, nos lábios sorridentes de uma flor!"

Calou-se o orvalho. E a lágrima? Coitada, esta nada dizia...

"- E que respondes tu?" Perguntaram os demais. E ela, rolada na terra úmida e fria, nada ousava falar...
Porém, sublime e calma, respondeu:

"- Eu sou o perdão no crime e a vibração no amor!
Bailo no olhar risonho da alegria,
moro no olhar tristíssimo da dor!
Eu sou a alma da saudade da harmonia!
Sou o estrilo na lira soluçante dos poetas,
sou oração no peito dos ascetas,
sou relíquia de mãe em coração de filho,
sou lembrança de filho em coração de mãe!
Não vivo nos seios perfumosos, nos colos orgulhosos,
na ostentação efêmera do luxo...
Porém, penetro no espírito do mundo, seja do rei,
do sábio mais profundo, do rústico mais vil... do pecador,
do santo, até na face do Senhor um dia já rolei...
Eu, lágrima pequena, penetrei no coração de Deus,
e fiz estremecer, abrir-se extasiado o pórtico dos céus! "

A lágrima calou-se humildemente, deslumbrando...
Em silêncio, a tudo contemplou serenamente,
na vastidão vazia...

A estrela se ocultou atrás de uma nuvem e chorava...

A pérola desceu à profundeza dos mares e chorava também...

O orvalho tremulando sobre a relva também chorava...

E a lágrima...

Só a lágrima sorria!..

17 de maio de 2008

BORDADOS DA VIDA


Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito.
Eu me sentava no chão, olhava e per
guntava o que ela estava fazendo.
Respondia que estava bordando.
Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.
Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:
"Mãe, o que a senhora está fazendo?
" Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.
Eu não entendia nada.
Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
"Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo
você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho da minha posição."
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:
"Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?"
"Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?"
"Por que estavam cheios de pontas e nós?"
"Por que não tinham ainda uma forma definida?"
"Por que demorava tanto para fazer aquilo?"
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
"Filho, venha aqui e sente em meu colo.
Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado.
Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem maravilhosa!
Então minha mãe me disse:
"Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na
parte de cima havia um belo desenho.
Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo."
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
"Pai, o que estás fazendo?"
Ele parece responder:
"Estou bordando a sua vida, filho."
E eu continuo perguntando:
"Mas está tudo tão confuso... Pai, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos
ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros.
Por que não são mais brilhantes?"
O Pai parece me dizer:
"Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim...
Eu farei o meu trabalho.
Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição."
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas.
As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo.
É que estamos vendo o avesso da vida.
Do outro lado, Deus está bordando...

Que Deus faça de suas vidas um "lindo bordado"!

(Desconheço o Autor)

VOCÊ SABE AMAR?


Eu estou aprendendo.

Estou aprendendo a aceitar as pessoas mesmo quando elas desapontam, quando fogem do ideal que tenho para elas, quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas.

Não é difícil aceitar as pessoas assim como elas são, não como eu desejo que elas sejam, mas como elas são!

É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.

Estou aprendendo a amar.

Estou aprendendo a escutar, escutar com olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos.

Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas.

Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, superficiais;

Descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.

Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada, a vangloria exagerada.

Descobrir a dor de cada coração.

Estou aprendendo a perdoar pois o amor perdoa, lança fora as mágoas, e apaga cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravam no coração ferido.

O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos.

Não cultiva ofensas com lástimas e autocomiseração.

O amor perdoa, esquece.

Extingue todos os traços de dor no coração.

Passo a passo, estou aprendendo a perdoar, amar.

Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas, valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos.

Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma, e as possibilidades que Deus lhes deu.

Estou aprendendo, mas como é longa a aprendizagem!

Como, é difícil amar, amar como Cristo amou!

Todavia tropeçando...

Aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores.

Meus interesses, minha ambição, meu orgulho quando estes impedem o bem estar e a felicidade de alguém.

Como é duro amar!!!"

PÉROLAS


As pérolas são uma ferida curada.
Pérolas são produtos da dor,
resultado da entrada de uma
substância estranha
ou indesejável no interior da ostra,
como um parasita ou um grão de areia.

A parte interna da concha de uma ostra
é uma substância lustrosa chamada nácar. Quanto um grão de areia penetra,
as células do nácar começam a trabalhar
e cobrem o grão de areia com camadas
e mais camadas para proteger o corpo
indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola é
formada.
Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas?

Então tente produzir uma pérola...
Cubra suas mágoas e as rejeições sofridas com camadas e camadas de amor.

(Desconheço o Autor)

A Idade de Ser Feliz


Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
Somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realiza-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encontrar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer. Fases douradas em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

(Mário Quintana)

NUNCA INÚTEIS



Nunca se diga inútil nos mecanismos da vida.

A usina é um centro gigantesco de força, mas é a lâmpada que dosa em casa a luz de que carecemos.

Determinada moradia será provavelmente um palácio, mas é a chave que lhe resguarda a segurança.

O depósito de algodão é garantia valiosa na indústria, mas o tecido na espécie é formado pelo fio que ele produz.

O livro pode ser um tesouro de conhecimentos superiores, mas não surgiria sem as letras do alfabeto.

A sinfonia é um espetáculo de grandeza, mas não existiria sem a base nas sete notas.

Meditemos na importância da vida, em qualquer setor, e trabalhemos.

Realmente, não somos indispensáveis, porque a Providência Divina não pode falir quando falhamos transitoriamente, mas, em verdade, segundo a Sabedoria do Universo, Deus não nos criaria, se não tivesse necessidade de nós.

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