Como eu queria uma bolha por esses dias...
Não precisar conversar com ninguém.
Não ouvir quem não se interessa pelo que eu falo.
Não gostar de quem não gosta de mim.
Não sofrer, não chorar, não sorrir.
Não esperar, não buscar, não sofrer... nem sentir.
Dias de mudança.
Estou com 22 anos e me sinto com 45.
Tirando as reclamações de lado, percebi algumas coisas nos últimos três dias. Não que já não soubesse, só que talvez não possui-se a mesma intensidade: as únicas pessoas que nos amam e que realmente se importam são os nossos pais. Muitos sacrifícios, várias concessões.
Tem gente que diz que isso é ser mimada, pois que seja, não me importo. Tenho pais que me amam e muito e são capazes de fazer por mim, aquilo que ninguém poderá fazer:
*Chego em casa do trabalho e sempre tem um copo de água e um de suco me esperando na sala, porque eu não tenho tempo de descer as escadas.
* Todos os dias meu pai me busca da faculdade
* Todos os dias minha cama está arrumada, quando chego.
* Meu pai é capaz de virar meio mundo, porque sabe que eu não durmo sem leite.
Sou mimada e não me importo nenhum pouco e provavelmente quando passar em outro concurso que pague bem mais, vou levar meus pais para junto de mim.
Tenho uma família linda e amigos maravilhosos, mas ainda assim hoje eu quero uma bolha, "para eu passar comigo, bem junto de mim"!
Um comentário:
Também sou mimada. E amo ser assim.
Também não durmo sem leite. Engraçado que depois que casei, o Clayton também toma leite antes de dormir. Antes ele nem tomava leite.
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