Sábado foi um dia complicado. Fiquei sozinha o dia todo, e como eu odeio ficar sozinha!Como estava com várias obrigações a cumprir não pude me dar de presente minutos de alegria.
Quando meus pais chegaram de Moema me deram uma notícia que me abalou tanto e me fez pensar naquelas coisas do passado.
No meu aniversário de oito anos, ganhei de presente uma super festa surpresa, eu sabia que iria acontecer, mas fingi que não sabia para dar mais emoção para a coisa toda. Pois bem, durante o aniversário a minha mãe havia convidado uma criança que era da minha sala, e meu vizinho e que eu não gostava muito. Seu nome era Cristiano. Sempre moramos perto durante nossa infância. Aí ele puxou meu cabelo e eu o expulsei de minha festa. Típico de criança. Minha mãe percebeu a situação e me levou para um cantinho e me ameaçou, dizendo que não se expulsa ninguém de casa, nem mesmo um cão o que dirá uma pessoa. Disse que se eu não o buscasse ficaria o resto da festa fechada no quarto. Aí eu sai de casa, deixei minha festa e fui sozinha buscar a criança. Ele não queria ir, ameacei, fiz chantagem, insisti tanto que ele acabou voltando.
Passado o aniversário, juntamente com minhas queridas amigas, tão malvadinhas quanto eu fui má para ele por cerca de uns três meses, depois me cansei.
Passado uns quatro anos me mudei de cidade. Nós não éramos amigos, mas conversamos da última vez que o vi. Não tinha notícias de sua vida.
Aí quando minha mãe chegou me contou que ele estava morto, que foi assassinado em Moema perto de uma fazenda com três tiros no rosto.
Não pude deixar de pensar nos rumos que nossas vidas tomaram. Tínhamos a mesma idade. Parece tão triste.
Fiquei pensando e se tivesse sido eu, nossa. Não vivi nada. Desde que me entendo por gente meus pensamentos quase sempre se concentram em estudo, trabalho e pronto.
Não sou o tipo de pessoa que viveu grandes emoções, muito pelo contrário.
2 comentários:
Espero que este sábado não seja um dia complicado. Tenha um excelente fim-de -semana!
Eu também não tenho vivido grandes emoções. Mas temos algo em comum, temos vivido grandes esperanças. rsrs
Um grande abraço!
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